Carência afetiva, afinal o que é?!

Os relacionamentos são essenciais na vida de todas as pessoas. Sem eles, é quase que inevitável sofrer (um pouquinho que seja) de carência afetiva. Sentir saudade das pessoas amadas é natural, mas é preciso dar uma atenção especial a esse sentimento quando ele se torna algo mais forte e traz prejuízos para as nossas vidas.

A carência afetiva caracteriza-se por uma dependência acima do normal de outra pessoa. O indivíduo carente sente que precisa do outro para ser feliz e sentir-se amado. Por isso, aceita qualquer tratamento, bom ou ruim, por medo de ficar sozinho.

Alguém que está carente do ponto de vista afetivo sente falta de uma maior proximidade com outras pessoas ou de demonstrações de carinho por parte de amigos, familiares ou cônjuges. Assim, surgem pensamentos como “não sou amado”, “ninguém gosta de mim”, “ninguém se preocupa comigo” e similares.

Uma das principais causas da carência afetiva é, de fato, a ausência de cuidados, especialmente na infância. Afinal, a afetividade e o suporte emocional são funções da família e indispensáveis durante o desenvolvimento de uma criança. A sua falta pode, inclusive, afetar sua vida no futuro.

Na verdade, o que o carente afetivo realmente busca é suprir um vazio emocional que não foi preenchido durante a infância (muito provavelmente) ou na adolescência. Uma desilusão amorosa muito grande, como uma traição, também pode deixar sequelas emocionais.

É preciso destacar também que o excesso de atenção e de superproteção familiar pode ter o mesmo efeito. Nesse caso, a criança tem mais dificuldade para alcançar a independência emocional e aprender os limites entre a sua vida e a de outras pessoas. Com isso, desenvolve uma alta demanda de cuidado e carinho que nem sempre é suprida por quem convive com ela.

A pessoa carente raramente consegue o que deseja (o afeto) de maneira apropriada. Assim, se torna ainda mais necessitada pessoas abusivas da atenção e afeição do outro, vivendo em uma espécie de ciclo sem fim.

A carência em excesso pode ser perigosa. O indivíduo carente pode aceitar ser mal tratado por pessoas abusivas para sentir-se amado. Mesmo logicamente sabendo que aquele tipo de tratamento não é digno, inventa histórias para justificar as atitudes grosseiras dos outros.

Por outro lado, o indivíduo pode ser o abusivo ao colar na outra pessoa. Ligações de madrugada, crises de ciúmes, chantagem emocional e necessidade de controlar cada passo da outra pessoa são algumas das condutas nada apropriadas do carente afetivo.

A carência afetiva está ligada ao desejo de vínculo social e pode se apresentar de maneiras muito distintas.

Veja alguns sinais que indicam esse problema:

* dependência emocional (necessidade de outras pessoas para se sentir feliz);

* tendência à submissão por medo de perder os relacionamentos;

*excesso de cobranças e pressão sobre companheiros, amigos e familiares;

*ciúmes e tentativas de controle;

*dificuldade para defender as próprias ideias ou fazer planos individuais;

*aceitação de relações ruins por receio de ficar sozinho;

* sentimento de inferioridade;
necessidade constante de atenção.

Esses são os sintomas mais comuns e que representam a falta que a pessoa sente de carinho e proteção. Entretanto, a vivência de conflitos nas relações e a tendência a se distanciar dos outros também podem ser sinais de carência afetiva. Nesses casos, essas reações são interpretadas como estratégias de autoproteção.

Como melhorar a carência afetiva?

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Fonte: Saúde e bem-estar.

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