TRANSTORNOS

TDAH: conheça os sintomas, causas e tratamentos

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o significado dessas siglas.

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurobiológico difícil de se diagnosticar, já que tem uma combinação grande de sintomas.

Mas, com informação você vai perceber que não é impossível conviver com o TDAH e que há várias formas de melhorar seu bem-estar, qualidade de vida, e saúde emocional.

Confira tudo sobre o tema e veja as dicas de como trabalhar esses fatores e encontrar o tratamento adequado.

O TDAH significa Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, como já antecipamos, e é um transtorno com causas genéticas, ambientais e biológicos, que, geralmente, se manifesta na infância.

Além disso, entre as suas principais características estão a:

* Desatenção;
*Impulsividade;
*Inquietude motora ou também conhecida como hiperatividade.

O TDAH pode também aparecer como DDA, Distúrbio do Déficit de Atenção em alguns lugares.

Mesmo que esse transtorno se manifeste desde a infância, os sintomas aparecem com mais clareza durante a fase escolar. Isso porque, a criança passa a frequentar um novo ambiente de interação e raciocínio, e é a partir daí que as dificuldades se tornam mais evidentes. Tal circunstância também é mais comum para diagnosticar um transtorno de aprendizagem como, por exemplo, discalculia ou dislexia.

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH está presente em até 8% da população infantil no país e no mundo todo. Mas, em adultos esse número é reduzido.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013 (DSM-5), registra 2,5%, sendo mais comum em pessoas do sexo masculino.

Principais características de quem tem TDAH
Para uma avaliação correta é importante lembrar que é necessário passar por um especialista, mas a lista abaixo pode te ajudar a identificar e antes e procurar ajuda médica.

Por isso, veja agora algumas principais características que envolvem o TDAH em adultos, adolescentes e crianças:

* Dificuldade em prestar atenção a detalhes e tarefas;

*Parece não escutar quando se fala diretamente com ele (a);

*Não segue instruções tem problema em terminar tarefas do dia a dia;

*Tem dificuldade para se organizar;

*Perde coisas necessárias para fazer tarefas do dia a dia;

*É facilmente distraído por estímulos externos;

*Tem dificuldade em ficar sentado em lugares como salas de aula ou recepção;

*Corre ou sobe muito nas coisas;

*Tem dificuldades para brincar calmamente;

*Fala muito, explode em respostas antes das questões serem completadas;

*Tem dificuldades em esperar a sua vez e interrompe os outros.

*Às vezes responde com agressividade diante de frustrações (é preciso diferenciar, nesses casos, com o transtorno opositor desafiador).

É importante deixar claro que, embora a criança tenha dificuldade de foco e presença na realidade, ela não está fora do mundo real. Essa saída ocorre em transtornos psicóticos como, por exemplo, o transtorno delirante.

TIPOS DE TDAH

Existem 3 tipos de TDAH, mas cada um com um padrão de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade ou uma combinação dessas duas características. Por isso, entenda melhor sobre as características e sintomas de cada um dos tipos:

1) TDAH tipo desatento

A pessoa tem dificuldade para manter a concentração durante muito tempo em um assunto específico. Além disso, pode ser facilmente distraída por qualquer estímulo externo;
Erram muito por falta de atenção no que estão fazendo;
Evitam atividades que demandam um grande esforço mental;
Muitas vezes esquecem o que iam falar;
Tem dificuldade em se organizar com a gestão de tempo e, além disso, com objetos;
Hábito de perder coisas importantes para o dia a dia;
Não ouvem quando o chamam, podendo ser considerados desinteressados ou egoístas.

2) TDAH tipo hiperativo/impulsivo

São inquietos, não conseguem ficar parados. Além disso, têm mania de mexer mãos e pés quando estão sentados e não conseguem ficar um só lugar por muito tempo;

Têm tendência a vícios: jogos, álcool, drogas e outros;
Não sabem lidar bem com frustrações;

Costumam ter um temperamento explosivo;
Frequentemente, mudam seus planos de uma hora para a outra;

Fazem mais de uma atividade ao mesmo tempo, isso porque não gostam de tédio;

São, muitas vezes, considerados imaturos;
Além disso, têm dificuldade em se expressar: a fala não acompanha a velocidade de seus pensamentos.

3) TDAH tipo combinado

Para identificar um caso de Transtorno de Déficit de Atenção do tipo combinado é mais difícil. Isso porque, é necessário que a pessoa apresente uma combinação dos dois tipos acima, com sintomas de desatenção e hiperatividade.

Além disso, vale lembrar que que, em todos os casos, é necessário entender se esses sintomas estão interferindo o funcionamento social, acadêmico ou profissional da pessoa. Ou seja, só assim pode-se realizar um diagnóstico correto.

Como diagnosticar uma pessoa com TDAH

Em resumo, o diagnóstico do TDAH é feito quando a criança apresenta mais de seis desses sintomas, adolescentes ou adultos cinco, pelo período de mais de seis meses.

Vale destacar que, diferente das condições de personalidade como, por exemplo, o transtorno de personalidade paranóide (cujo diagnóstico se dá apenas para aqueles com mais de 18 anos), o TDAH pode ser diagnosticado em qualquer idade.

Além disso, deve haver um cuidado para entender o que de fato é o TDAH e não confundir com outros transtornos, como o bipolar, de personalidade e até o autismo ou a dislexia.

Também vale a ressalva de que o diagnóstico só é dado formalmente por um profissional da saúde devidamente habilitado, podendo ser:

Psicólogos;
Psiquiatras.

De fato, saber quais são os principais sinais e sintomas do TDAH exerce um papel essencial para o diagnóstico precoce e melhores resultados no tratamento.

Assim, professoras e pedagogas muitas vezes são as primeiras a perceber que há algo diferente, orientando os pais ou responsáveis a procurar ajuda.

Quais são os graus do TDAH?
Leve : poucos sintomas, mas pequenos prejuízos sociais, profissionais ou acadêmicos;

Moderado : os sintomas e alguns prejuízos de graus leve e grave presentes;

Grave : muita expressão dos sintomas com real prejuízo funcional, social, acadêmico e profissional.

O que é TDAH infantil?

O TDAH infantil é o diagnóstico de um transtorno da hiperatividade e/ou desatenção na infância.

De fato, a maior parte dos diagnósticos de TDAH é feita nos pequenos e quando, de uma forma geral, quanto mais precocemente se identifica o transtorno, melhores são as perspectivas de melhora.

Acontece que, de acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e pode, em até 50% dos casos, acompanhar a pessoa por toda sua vida.

Ou seja, o TDAH infantil pode vir a se tornar um TDAH no adulto, uma vez que sinais e sintomas da questão podem persistir ao longo de anos.

TDAH em adultos

Embora o TDAH infantil seja o mais falado e até mesmo mais diagnosticado, vale lembrar que existe o diagnóstico do TDAH em adultos.

Por vezes, o diagnóstico é feito de forma tardia porque a pessoa com o transtorno nunca apresentou déficits funcionais significativos durante a infância e/ou adolescência.

Ou pode acontecer que o adulto com TDAH não teve, apesar de sinais e sintomas do transtorno, ninguém que suspeitasse da questão e a levasse a um especialista.

Uma outra possibilidade é o transtorno só aparecer na vida adulta, isto é, não há evidências prévias dos sinais e sintomas.

Dessa maneira. situações comuns em que se percebe o TDAH na vida adulta são, por exemplo:

*Trabalho;

*Estudos universitários;

*Dificuldade para se concentrar nas tarefas domésticas;

*Dificuldade para ouvir pacientemente palestras e exposições.

Principais causas do TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é um dos transtornos mais estudados no mundo.

Por isso, considera-se, hoje, que as causas do aparecimento do TDAH são uma combinação entre fatores genéticos, alterações no cérebro e fatores ambientais.

Saiba mais sobre cada um dos fatores de risco:

Genética e Hereditariedade
Sabe-se hoje que as chances de ter o TDAH é bem maior em filhos e familiares de pessoas com esse transtorno. Ou seja, a hereditariedade média do TDAH é estimada em 76%.

Além disso, estudos descobriram que 60% das crianças com o TDAH tinham um dos pais com o transtorno. Por isso, a probabilidade de uma criança ter o TDAH aumenta em até oito vezes se os pais também tiverem o problema.

Além disso, o risco de apresentar o transtorno é cinco vezes maior entre familiares de pessoas com TDAH do que em pessoas sem o transtorno na família.

Alterações cerebrais
Muitos estudos descobriram que o TDAH causa alterações no cérebro.

Ou seja, existem no cérebro das pessoas que sofrem desse transtorno, mudanças que refletem redução da espessura da massa cinzenta (onde se localizam os corpos celulares dos neurônios) e alterações na substância branca.

Por exemplo, no TDAH podem ser notadas alterações na região frontal, que é responsável pela atenção, organização, memória e autocontrole.

Algumas outras regiões afetadas seriam:

Corpo caloso – estrutura que liga os dois hemisférios cerebrais;

Cerebelo – ligado ao equilíbrio, movimentos finos;
Estriado – auxilia no controle das emoções;

Amígdala – uma das áreas mais importantes do cérebro, responsável por respostas emocionais relativas ao comportamento social.

Fatores ambientais

Estudos indicaram que o fato de a criança apresentar um peso baixo no nascimento (menos de 1.500 g) gera um risco de 2 a 3 vezes maior para o surgimento do TDAH embora a maioria das crianças que nascem com baixo peso, não desenvolva esse transtorno.

Além disso, outros fatores que podem causar o TDAH são:

* história de abuso infantil,
* negligência familiar,
* exposição a neurotoxinas como o chumbo,
*infecções
*exposição ao álcool durante a gravidez.

Qual o tratamento indicado para o TDAH?

Orientação psicológica, é sem dúvidas um dos maiores alicerces no tratamento do TDAH, seja ele na infância, seja na vida adulta.

Com a orientação psicológica é possível trabalhar vários cenários dentro do setting terapêutico para condicionar o paciente a ter certas reações funcionais diante de determinadas circunstâncias.

 

Fonte: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&cd=&ved=2ahUKEwjC8JKEtq36AhX0B7kGHSedBAoQFnoECEsQAQ&url=https%3A%2F%2Fzenklub.com.br%2Fblog%2Ftranstornos%2Ftranstorno-deficit-atencao-com-hiperatividade%2F&usg=AOvVaw38_bH8iDv7jXk6ARs4BOmX

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